Nenhuma noticia de qualquer infetado célebre me deixa contente, nenhuma! Contudo, há muitas pessoas que só percebem a dor dos outros, o desespero dos anónimos que governam quando sentem o drama na pele ou no corpo dos seus. Boris Johnson é um deles, como o é Bolsonaro ou o Trump, entre muitos outros mais ou menos conhecidos.
Como acontece com todos, desejo que o primeiro-ministro inglês tenha mais sorte que as dezenas de milhares de pessoas que já faleceram, mas é um facto que a vida deu ao troglodita Boris a lição que ele andava a precisar.
Se Bolsonaro não for tão burro como parece, talvez recue na sua ideia de mandar toda a gente para a rua nos próximos dias, salvando a vida a milhares de brasileiros que ainda não perceberam o perigo que correm. Até os líderes criminosos das favelas mais perigosas do Rio de Janeiro percebem melhor a gravidade do momento do que Jair Bolsonaro.
Por Portugal, a constatação óbvia é que não há nem haverá, em tempo útil, testes ao Corona Vírus antes da tempestade passar, ou seja, estamos defetivamente na fase da contenção de danos, que é como quem diz, aceitar a mortes de várias centenas de portugueses como inevitável.