Erdogan, o cínico líder turco, abriu as portas da Europa aos refugiados sírios e encaminhou-os para a Grécia, já superlotada de gente fugida da guerra que não cabe na velha Europa, tão cheia de hipocrisia e egoísmo.
Merkel está de partida e com ela cai o último bastião de humanidade que existia entre os líderes de uma União Europeia submetida à tecnocracia, esquecida dos seus valores, perdia nos escândalos financeiros.
A Turquia de Erdogan é como a Rússia de Putin: sempre pronta para mostrar as contradições do discurso falsamente humanitária da União Europeia.
Quão longe estão os ideias que fizeram o alargamento a leste da UE!
Estão longe, porque ninguém cuidou de comprometer quem chegava com os valores da solidariedade, da paz em sentido lato, da verdadeira democracia. Não basta uma moeda única, sobretudo quando uns a têm em muito maior quantidade que outros. Não basta um espaço social único quando a integração social dos mais pobres não é feita com dignidade.
Os gregos não podem suportar crises e refugiados sem ajudam; os alemães têm medo dos seus fantasmas nazis; os romenos não conseguem acolher e os outros encolhem os ombros como se a conversa não fosse com eles.
Apesar das ameaças de Erdogan virem de longe, ninguém quis saber, porque realmente ninguém quer saber do ser humano, a não ser que ele tenha uma conta bancária.
É mais fácil salvar bancos que pessoas. Ainda ninguém disse aos refugiados que a humanidade naufragou no mediterrâneo há uns anos. A Europa está mais perto do inferno do que do paraíso.
Talvez tivesse sido boa ideia tratar de Bashar al-Assad em tempo oportuno e em casa, porque estes tecnocratazecos nunca salvaram nada além da conta bancária.
Talvez tivesse sido boa ideia tratar de Bashar al-Assad em tempo oportuno e em casa, porque estes tecnocratazecos nunca salvaram nada além da conta bancária.
GAVB
Sem comentários:
Enviar um comentário