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quarta-feira, 25 de março de 2020

OS LARES SÃO UMA BOMBA-RELÓGIO: OU A DESATIVAMOS COM CUIDADO OU NOS REBENTA NA CARA


Há dezenas de milhar de idosos portugueses em lares. Se apanham a COVID 19, obviamente, a maior parte deles morre. 
Estamos a falar de muitos milhares de pessoas cuja situação precisa de uma intervenção imediata! 

As pessoas que trabalham nos lares estão exaustas, sozinhas e desesperadas, mas têm milhares de idosos para cuidar, não sabendo os que estão infetados ou se estão a infetá-los.
Não há equipas de substituição, em espelho, como disse a ministra da saúde (ou ela não sabe que isto não é o País das Maravilhas?), nem voluntários que queiram arriscar a sua saúde.

O que há é decisões difíceis e urgentes para tomar.
Sendo os idosos, que vivem em lares, o grupo de maior risco, é preciso controlá-los e em massa, pois não há soluções de recurso para todos os casos de emergência que se criarão, se a bomba do COVID rebentar na maioria deles.
Além de todos os profissionais de saúde (hospitais e centros de saúde), os testes à COVID devem centrar-se nos idosos do lares. E muito rapidamente, porque, neste caso, tempo é vida - literalmente.

Decidir rapidamente é o mais importante, porque estamos a poucas horas da fase de mitigação, ou seja, do controle de danos, o que significa que todos vão ter de assumir os custos desta pandemia. Com os Centros de Saúde a tornarem-se centro de análise e atendimento a doentes COVID o risco de disseminação pelas comunidades locais é bem maior, por isso seria uma grande medida testar todos os lares antes que os lares testem a capacidade de resposta dos centros de saúde.

Outra medida que proporia era que todos os idosos cujo controle fosse negativo pudessem regressar a casa dos filhos se assim fosse a sua vontade deles e da sua família. 
Com o pessoal que têm e na atual situação de emergência em que vivemos, não há capacidade para os ter em segurança nos lares nas próximas semanas. Cada família que pudesse devia assumir esse encargo, esse risco também.
É preciso tomar decisões e não esperar que a sorte ou o azar nos imponham consequências.
GAVB

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