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terça-feira, 17 de novembro de 2015

RGB, The Gift

 Na primavera de 2011, os The Gift lançavam-se definitivamente para o êxito com RGB. Uma música poderosa, jovem, original que rapidamente me conquistou não apenas pela inovação musical como pela frescura da letra. Ainda hoje a recordo como uma música icónica desse ano, ou não tivesse entrado como um foguete no ouvido de muitos milhares de portugueses que a trauteavam ou apenas sorriam de felicidade quando a ouviam no rádio, a caminho do emprego ou de casa.



Com a força de um amor único e irrepetível, RGB é um crescendo de adrenalina pura e melodia emocionante, que irá terminar num belo final, onde depois de atingido o clímax, este desaparece deixando o perfume sonoro de uma música de exceção.
A letra em inglês casa muito bem com o tipo de música que RGB representa, sugerindo o desafio da aventura, uma decisão marcante, a escolha de uma vida.
O início é o aviso, que no fundo confessa um amor profundo: What made you think I´m in love with you? One hundred ways to appart from you.

Cem ou mil, nenhuma parece suficientemente forte para separá-los. Ainda que um tenho construído um mundo a preto e branco, demarcado a cinza, e outro tenha criado um arco-íris de cores, o desafio é “running to the stars /Let the fireworks start”.
No entanto, a dúvida sobre um final feliz cresce emocionante, tanto na música como no ouvinte, fazendo-o participar inconscientemente de uma história de amor mágica, mas de final imprevisível. Talvez por isso, o final seja tão radical e acabe numa interrogação: "There is a gun in my hand /(…)If it points at your head/Would you die for me?"
Na verdade, não interessa quem morre por quem, mas quem é capaz de Amar até às estrelas. E é de Amor que esta canção “fala”. De um Amor, total, inabalável, absoluto e tão poeticamente definido em “If de World explode right now/ I will hide you deep underground”.
Vale a pena voltar a ouvir.
Gabriel Vilas Boas 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

AS SUFRAGISTAS, o filme


Numa altura em que James Bond com o seu “Spectre” e “Steve Jobs” dominam as atenções do público amante do cinema, um filme chamou a minha atenção pela temática, a luta das mulheres pelo direito ao voto no último século: As Sufragistas.
Provavelmente passará um pouco despercebido entre o barulho das luzes que os filmes supra citados criaram, mas era de todo conveniente que jovens e adultos o vissem, que fosse discutido nas escolas secundárias e nas famílias, que nos pusesse a refletir sobre “por que raio” demora tanto tempo a implementar o que é justo e certo em tantas sociedades.


Sufragistas é um drama histórico, baseado em factos verídicos, que nos coloca na Inglaterra do início do século XX, mais propriamente no ano de 1912. Nessa altura, um grupo de mulheres corajosas resolveu criar um movimento que lutou pelo direito das mulheres a votarem tal como acontecia com os homens.
Nas fábricas, as mulheres trabalhavam mais que os homens e faziam serviços mais pesados, mas recebiam bem menos. Fartas de ver tanta desigualdade económica e social, um pequeno grupo de mulheres percebe que é essencial ganhar o direito ao voto para obter o respeito e a dignidade a que tinham direito. É a luta desse punhado de mulheres extraordinárias pelo direito ao voto que o filme acompanha.


No início elas tentam convencer os políticos através das palavras, mas rapidamente percebem que só com atos conseguirão frutos. E esses atos tornar-se-ão cada vez mais violentos e emocionalmente pesados. Há momentos muito duros, durante o filme, mas todos percebem que não há nenhum exagero da realização.



Com maior mobilização, o grupo reúne-se no sentido de contestar a lei, e é nesse ambiente que conhecemos a protagonista - Maud Watts (Carey Mulligan) – mulher e mãe trabalhadora, aprisionada num aglomerado de estereótipos da sociedade civil, refém ainda de uma vida de sacrifícios, cujo emprego na fábrica começou quando tinha apenas 7 anos, local onde também nasceu. É ela que se vai tornar na verdadeira alma do grupo e do filme, protagonizando um desempenho notável, digno de uma nomeação para óscar. 

Por entre toda a arrogância e despeito dos homens face à audácia das sufragistas, somos surpreendidos com um desempenho sem palavras de Carey Mulligan. A coragem com que larga o emprego, o marido, até o filho é assombrosa. E nem por um momento ao espectador ocorre censurá-la, achar que está a ir longe demais. A câmara nunca a larga, percorre todo o seu quotidiano. É a sua inocência e eloquência que fazem a luta valer a pena. Até porque estamos diante do dia-a-dia não apenas Maud ou de Edith Ellyn (Helena Bonham Carter) ou de Violet Miller (Anne-Marie Duff), mas de milhões de mulheres há menos de cem anos, no dito mundo civilizado e avançado. 

A grande vedeta e chamariz do filme tem uma atuação breve que não justifica o destaca dado no cartaz. Marly Streep aparece um/dois minutos e nada mais. Ela encarna Emmeline Pankhurst, a líder espiritual do grupo feminista sufragista.
É ainda de notar que a equipa que produziu “Sufragistas” é quase toda ela composta por mulheres: Sara Gavron assina a realização enquanto o argumento saiu da pena de Abi Morgan.


“As Sufragistas” pode não ser um filme extraordinário nem arrebatador, mas é “obrigatório” vê-lo, porque ninguém pode ficar indiferente a uma luta ainda por acabar. Em 2015, ainda há países, como a Arábia Saudita, que não reconhecem o direito ao voto às mulheres.
Em Portugal, há cinquenta anos as mulheres adultas só conseguiam viajar para o estrangeiro com autorização do marido ou do pai, não podiam casar com um homem pobre caso pretendessem ser professoras e a lei apenas admitia que dispusessem de dinheiros para comprar coisas de costura. Ultrajante, indigno, desumano.


Gabriel Vilas Boas

domingo, 15 de novembro de 2015

TERROR


Aterrorizados, receosos, horrorizados.
Mas jamais vergados ou derrotados!
Tenho pena dessa força fraca
Que, pelas costas, ataca e mata.
O terror é a arma dos fracos!

Desprezo essa tua suja vitória
Feita de medo, ódio e morte,
Pois nunca entrarás na História.
Estás só, sem rumo nem norte.
O terror é a arma dos fracos!

Riste, sem pudor, da nossa liberdade,
Da nossa tolerância, da nossa educação,
Mas precisas delas para chamar atenção
De um ideal sem razão, rosto e lealdade.
 O terror é a arma dos fracos!

Não tens honra, não tens respeito,
Não tens vergonha, não tens ideais!
Condenas aqueles que te são leais
À desconfiança e ao eterno preconceito.
O terror é a arma dos fracos!

Desconheces que em cada muçulmano
Também há a dignidade um ser humano.
E tu emporcalhas essa verdade
Com a tua irresponsável maldade.
O terror é a arma dos fracos!
Gabriel Vilas Boas

sábado, 14 de novembro de 2015

NEVA, uma peça onde o teatro se confronta com os seus limites


Como é se pode estar em cima de um palco, sabendo que lá fora, no mundo, há pessoas a morrer?” – diz Masha, uma das personagens de NEVA, peça de teatro que está, até amanhã, em cena no Teatro Carlos Alberto, no Porto, encenada pelo conhecido ator/encenador João Reis, a partir do texto homónimo do chileno Guillermo Calderón.
Neva tem apenas três personagens, três atores (Olga,Masha, Aleko), um trio fechado no teatro de São Petersburgo a ensaiar “O Cerejal” de Tchekhov, enquanto na rua os oficiais do Czar disparam contra o povo. Estávamos no dia 5 de janeiro de 1905 e aquele viria a ser conhecido como o "domingo sangrento" que esteve na génese da revolução de 1917.


NEVA questiona a utilidade do teatro e a sua capacidade de agregar pessoas e fazer pensar. Uma personagem chega mesmo a ser drástica: “Estamos em 1905 e eu acho que o teatro acabou!”  Não acabou, mas tem de reconhecer os seus limites (ainda que se esforce por superá-los) em contraponto com a realidade da violência política.
Nesse domingo sangrento, perto do rio Neva, em São Petersburgo, as tropas do Czar abriram fogo sobre um multidão de operários que marchavam em direção ao palácio imperial enquanto um ator e duas atrizes se fecham num teatro para ensaiar uma peça. Uma delas é Olga Knipper, atriz do Teatro de Arte Dramática de Moscovo e viúva do dramaturgo russo Tchékhov (recentemente falecido). As duas restantes personagens ajudam-na a recuperar o talento que ela julga ter perdido, recriando absurdamente a morte de Tchékhov ou discutindo técnicas de representação ao mesmo tempo que se esforçam por dissimular o facto dos restantes atores ainda não terem chegado… nem chegariam!

Além de discutirem a utilidade/limitação do teatro perante uma realidade política e social de violência absoluta, o heterogéneo trio de personagens (Masha é uma anarquista assumida, Aleko revela-se um contemplativo e Olga, uma atriz obsessiva), a peça do multipremiado dramaturgo chileno foca outros subtemas interessantes como os ideais revolucionários e a política (onde se nota a deceção do dramaturgo com o seu Chile pós-Allende), as aspirações humanas, a própria metodologia do teatro, cujo paradigma mudou na época em que a ação se passa (1905), passando de puro entretenimento burguês para interveniente na realidade social em que se insere.

João Reis pôs em  cena uma peça longa (duas horas e dez minutos), onde três atores brilham com grande intensidade. Se logo à partido tinha escolhido Lígia Roque e Cristóvão Campos para os papeis de Olga Knipper e Aleko, a seleção de Sara Barros Leitão para o papel de Masha, através de uma audição, foi das mais acertadas e felizes da sua curta carreira de encenador. A  portuense Sara Leitão, apesar dos seus jovens vinte e cinco anos, é um valor seguro da representação nacional, tendo sido nomeado para vários prémios de representação em teatro, cinema e televisão, nos últimos três anos. Nesta peça, Sara esteve absolutamente fabulosa, conseguindo uma atuação de excelência, que prendeu a minha atenção durante mais de duas horas. Está na forja uma grande atriz, assim lhe confiem peças de gabarito para que possa confirmar o seu valor.
P.S. Ontem, em Paris, o terror voltou a ganhar à civilização. Num teatro da capital francesa, foram mortos cerca de uma centena de pessoas. Perante a perplexidade, a consternação, a dor que invadem os franceses, em particular, e o mundo em geral, apetece devolver a pergunta a Masha, com 110 anos de atraso: "Como se pode matar quem quer estar apenas a ver o que se passa em cima de um palco?"
Neva imenso nos corações humanos há imensos anos!

Gabriel Vilas Boas

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

VELHO: UM PRODUTO FORA DE VALIDADE?

«Sabes, eu acho que que fogem de ti para não ver / a imagem da solidão que irão viver / quando forem como tu / um resto de tudo o que existiu»
            Morrer de velho foi o sonho que a ciência nos ajudou a concretizar. Os nossos velhos duram, em média, até aos oitenta anos, mas este sonho tem sido um pesadelo para muitos.
Desejámos morrer de velhos, mas esquecemos de traçar o plano correto para que isso acontecesse em condições dignas. A vida não se rejeita, mas há finais tão tristes, decadentes, penosos, que se tornam tão dolorosos até para quem só assiste.

Queríamos morrer velhinhos e para tal estudámos, lutámos, ganhámos dinheiro, inventámos curas, criámos fármacos, mas tudo parece em vão, quando as reformas de dois terços dos nossos idosos não chegam aos quinhentos euros, quando há milhares de velhos que vegetam nos lares completamente abandonados pelas famílias, quando a sociedade faz os avós sentirem-se inúteis, rejeitados, um estorvo.


Os velhos não são um problema económico, mas um problema de valores morais e éticos. Somos uma sociedade evoluída, pseudointeligente, egocêntrica e marcadamente desumana.
Por detrás de qualquer valor económico de um objeto, de um negócio, de uma ideia está quase sempre um valor afetivo. É por causa dele que investimos tempo, dinheiro, conhecimento. Os nossos maiores, como diriam os romanos, são os guardiões desse santo graal e nós estamos a enterrá-los vivos, sem cuidar de tomar em mãos a boa herança que nos querem legar.

Não foi este final que sonharam, não foi para este final que trabalharam, não é este o final que merecem. Envergonho-me de pertencer a uma geração que despreza os seus velhos, que os faz ter que escolher entre o medicamento obrigatório e a comida no prato, que desdenha dos seus ensinamentos, que lamenta as miseráveis reformas que lhes paga como se o dinheiro despendido não tivesse resultado dos descontos do seu trabalho durante décadas. 
Costumo ouvir com frequência que os velhos não são o futuro. Permitam-me discordar, sem não antes verberar essa visão mercantilista do ser humano que tanto desdignifica quem a perfilha. Quer queiramos quer não, a velhice será o grande “negócio” das próximas décadas; nós seremos os próximos velhos; a História costuma acertar contas mais cedo do que imaginamos.
Não adianta andar a sonhar com uma vida longa se não soubermos o que fazer com um quarto dela ou se tornamos os últimos vinte anos de existência numa cruz penosa. Os nossos filhos dar-nos-ão o desafeto que lhes ensinamos. Talvez não seja má ideia pensarmos em chegar a velhos com uma saúde aceitável, vivendo de maneira mais regrada; fazermos uma gestão mais equilibrada das finanças porque a solidariedade intergeracional está a ser posta em quase por nós e não creio que os nossos queridos filhos tenham vontade de contrariar a nossa doutrina; e, já agora, era de todo aconselhável que nos dessemos um bocadinho melhor, pois daqui a vinte anos só nos teremos uns aos outros para aturar as nossas impertinências serôdias e viver largos anos de solidão.
Até podemos vir a ter algum valor económico, mas não teremos qualquer valor afetivo e isso será fatal: seremos um produto fora de validade.
Gabriel Vilas Boas



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

JÚPITER E SÉMELE, de Gustave Moreau

Gustave Moreau foi uma figura maior no movimento Simbolista, produzindo imagens visionárias e emocionalmente fortes. As fontes, que serviram de base à sua obra, variavam desde a pintura renascentista italiana até à arte bizantina. Ao usar fortes camadas de tinta, criou um efeito como que de joias incrustadas, representando cenas fantásticas cheias de personagens religiosas, históricas e mitológicas.
            Esta tela (1894-95) é típica do estilo elaborado de Moreau e mostra um Júpiter impassível sentado num trono fortemente ornamental, indiferente a Sémele, que está deitada nua atravessada no seu colo. Sémele tinha pedido ao deus para que este lhe permitisse observá-lo em todo o resplendor da sua divindade e, de acordo com Moreau “foi atingida pelo paroxismo de êxtase divino” quando o viu. Júpiter está enfeitado com joias: um conjunto de pérolas adorna-lhe a testa e o cabelo, no pescoço e no peito brilham peças preciosas. O seu braço repousa sobre uma lira, um atributo habitual do deus dos céus, enquanto o seu atributo mais comum, a águia, está de algum modo perdida no fundo da tela. Aos pés do trono, Moreau pintou figuras representando a Morte e a Dor, que ele explicou serem a base trágica da vida humana. Não longe deles, sob as asas da águia de Júpiter, o grande deus Pã (símbolo da Terra) inclina o semblante entristecido. A Sombra e a Miséria, os enigmas da escuridão, encontram-se aos pés de Pã.

Além de Júpiter, outro elemento-chave desta pintura de Moreau é Sémele. Filha de Cadmo, rei de Tebas, Sémele era amada por Júpiter. Mas quando Juno, mulher do pai dos deuses, descobriu a infidelidade do marido, persuadiu Sémele a pedir a Júpiter para lhe aparecer em toda a sua glória, tal como fazia com a própria Juno. Infelizmente, a estrutura mortal de Sémele não conseguiu aguentar o abraço do deus e os relâmpagos deste transformaram-na em cinzas. O filho de ambos, Baco, foi-lhe arrancado do ventre antes de ela morrer e foi introduzido na coxa de Júpiter até nascer.  

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

EM FÚRIA CONTRA O ARMISTÍCIO, 1918


O armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial teve início às 11 horas do dia 11 de novembro de 1918 e para muitos foi uma redenção. Mas a Alemanha que pedia paz, no outono de 1918, era muito diferente da potência autoconfiante de 1914. O Kaiser Guilherme estava agora no exílio e os nacionalistas, como Hitler (então com 29 anos), encaravam o armistício como uma traição ao exército alemão não derrotado no campo de batalha.
Cresceu a convicção de que a Alemanha fora «apunhada à traição» e teve início uma caça às bruxas. As indemnizações impostas à Alemanha em Versalhes, em 1919, só fizeram crescer o ressentimento dos alemães e foram a semente desnecessária dum futuro conflito.
Neste contexto é interessante ler um excerto do Mein Kampf (A Minha Luta) de Adolf Hitler, em 1925.

«Já não podia aguentar. Já não me era possível ficar quieto nem mais um minuto. Mais uma vez tudo ficara negro perante os meus olhos; tateei e cambaleei até ao dormitório, lancei-me sobre o beliche e enterrei a minha cabeça ardente na almofada e nos cobertores. Desde que enfrentei a sepultura da minha mãe, não tinha voltado a chorar… Quando nos longos anos de guerra tantos dos meus camaradas e amigos foram arrebatados às fileiras pela morte, quase me parecia um pecado queixar-me. E afinal tudo fora em vão.
            Em vão todos os sacrifícios e privações, em vão a fome e a sede de meses que por vezes pareciam não ter fim; em vão as horas em que, com medo mortal a apartar-nos os corações ainda assim cumprimos o nosso dever; e em vão as mortes dos dois milhões que pereceram. Não se abrirão as sepulturas daqueles que, às centenas de milhares, com fé na sua mãe-pátria que os ludibriou com tal mistificação do mais alto sacrifício que um homem pode sofrer pelo seu povo neste mundo? Foi para isto que morreram? Foi este o significado do sacrifício que as mães alemãs ofereceram à mãe-pátria quando, com o coração dolorido deixaram os seus bem-amados filhos partir, para não mais voltarem a vê-los?
… A infâmia da indignação e a desonra da derrota queimaram-me a fronte… Nestas noites, senti crescer o ódio em mim, o ódio pelos responsáveis por esta ação… pela minha parte decidi dedicar-me à política.» Adolf Hiltler


O desejo da guerra, o ódio a outro povo não nasce apenas das humilhações que sofremos. Hitler abominava a paz como detestava judeus ou desejava subjugar a europa. As infelizes condições do armistício de 1918 foram o pretexto ideal para a sua ação futura. A História está cheia de homens como Adolf Hitler, cabe aos povos não lhes fornecerem os pretextos certos para as suas perversas intenções. Tal como há quase cem anos, a europa está farta de dar tiros nos pés, criando um cocktail molotov feito de xenofobia, racismo, ditaduras capitalistas que qualquer mal-intencionado pode facilmente aproveitar. Toda a paz pobre acaba em guerra.
Gabriel Vilas Boas