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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

MIGUEL TORGA CHORA A MORTE DE FERNANDO PESSOA


“Morreu Fernando Pessoa. Mal acabei de ler a notícia no jornal, fechei a porta do consultório e meti-me pelos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era.”


Miguel Torga, in Diário I (3-12-1935)


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