Etiquetas

domingo, 20 de outubro de 2019

DE QUE SERVE DÉFICE ZERO COM ESCOLAS A FECHAR?

A pergunta é de Filinto Lima, o eterno presidente da associação nacional de diretores de agrupamentos de escolas públicas.
Para Mário Centeno (e António Costa, por omissão) a pergunta é, obviamente, outra Que me interessam escolas a fechar por alguns dias ou semanas, se o défice público caminha para o zero?

É muito triste que um homem experimentado como Filinto Lima ande tão distraído. Então, não foi este o pensamento que levou Centeno a adiar vergonhosamente a ala pediátrica do Hospital de São João? Não é este o expediente, próprio de um vendedor de aldrabices, que o senhor presidente do conselho (qual Salazar dos tempos modernos) usa para manter as contas aparentemente em dia?

Por isso é que os serviços do Ministério da Educação só vão uma vez por semana recolher os pedidos de substituição de professores e de auxiliares de ação educativa.

A Educação como a Saúde, a Administração Interna ou a Cultura, além dos salários, só terão dinheiro quando for contabilisticamente possível. Não vale a pena alguém indignar-se, sobretudo quando andou anos a ter um discurso mole e comprometido com o poder, fosse ele qual fosse. 

Obviamente ninguém precisa de lamentos, mas de ações e essa ficou bem clara no dia 6 de Outubro: a maioria prefere nem participar nas eleições e a minoria que participa está mais ou menos satisfeita com esta forma de governar. 

Há uns anos, Costa justificou a sua candidatura à liderança do PS, espetando a faca nas costas de António José Seguro, dizendo que não se contentava com uma vitória por poucochinho. Na verdade, ele não tem feito outra coisa que não gerir vitórias por poucochinho, porque ele sabe perfeitamente que aquilo que melhor define o português é que se contenta com poucochinho. E quem se contenta com poucochinho acaba sempre com zero.

GAVB

Sem comentários:

Enviar um comentário