Para já é ainda uma proposta mas o mais certo é que passe a regra daqui por um ano, ou seja, para quem estiver este ano a concluir o 11.ºano.
É dirigida aos melhores alunos que se candidatam a cursos superiores das Universidades de Lisboa e Porto, mas excluí… Medicina.
O que diz a proposta?
A proposta de despacho do Ministério das Ciências, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) introduz o “índice de excelência dos candidatos”, fator que passa a ser determinante na possibilidade das instituições de Lisboa e Porto, as mais cobiçadas, aumentarem ou diminuírem o número de vagas. Este índice e outras variáveis que poderão vir a ser introduzidas retiram a hegemonia da geografia na definição das vagas nos estabelecimentos públicos.
Em concreto, a proposta enviada pelo Governo ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e presidentes do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP) autoriza os cursos superiores de Lisboa e do Porto mais procurados por alunos de excelência – com notas iguais ou superiores a 17 valores – a aumentar as vagas até 15% no próximo ano.
Esta disposição permite que cursos como Engenharia Física Tecnológica, Engenharia Aeroespacial e Matemática Aplicada e Computação, do Técnico, ou Engenharia e Gestão Industrial e Bioengenharia, da FEUP, aumentem o número de vagas já no próximo ano letivo.
Se, no próximo ano, as Universidades de Lisboa e Porto vão poder oferecer mais vagas no ensino superior aos melhores alunos cursos mais procurados, com exceção de Medicina, este ano passe-se o contrário.
As regras para este ano trazem cortes, mas cirurgicamente definidos.
Eis a proposta: “Os estabelecimentos de Lisboa e do Porto que não registem qualquer candidato em primeira opção no concurso nacional de acesso com nota superior a 17, face ao número de vagas disponibilizadas, são obrigados a reduzir as vagas em pelo menos 5%”. Constituem exceção os ciclos de estudo que visem formação na área das competências digitais.
De fora, quer do aumento, quer da diminuição das vagas, ficam os cursos de Medicina.
Ou seja, cursos que não atraiam alunos de excelência perdem vagas.
DISCRIMINAÇÃO POSITIVA: formação digital
Outra das novidades que a proposta do Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior é a possibilidade das regiões com menor procura poderem aumentar em 5% o número de vagas, desde que “estejam em causa cursos que visem formação em competências digitais e em áreas consideradas estratégicas para a especialização da instituição”.
Fonte: Diário Económico.
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