Que frio na lareira
Do coração!
Neva
Na solidão
Da vida.Como ardias outrora,
Nos dias de ventura.
Não me deixes assim
Nesta algidez de morte prematura.
E o vento traz e leva
Um recado de eterna despedida.
Amor! Amor!
Sei ainda o teu nome redentor,
Chamo ainda por ti a cada hora!
Arde outra vez em mim
Miguel Torga,
Coimbra, Janeiro, 1978
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