Gosto muito do Museu do
Douro e de tudo o que ele comporta. Criado e conhecido desde 1997, alberga
tesouros de cortar a respiração, que narram as memórias, a cultura e a
identidade de uma região ímpar, aclamada pela UNESCO com a classificação de
Património Mundial.
O rio, outrora de “mau
navegar”, beija aquela terra agreste desde tempos imemoriais e acrescenta
personalidade ao território enrugado pelas agruras de um clima intenso e
exagerado.
Gosta-se deste Museu,
reconhecido com inúmeros prémios, que surpreende pela inovação e criatividade
que imprime em todos os seus projetos, de que destaco hoje a “Exposição Alto
Douro visão demarcada”, de Dominique Pichou, francês de nascimento mas “un portugais
coeur et âme”.
Da sua biografia, destaco a
arquitetura de formação, em 1978. Envolveu-se desde cedo na criação de cenários
e figurinos para o teatro, alargando a sua colaboração ao cartaz, à moda,
decoração de interiores...a pintura, porém, acompanhou-o sempre, pintando em
grandes formatos, sempre em paletas amenas e muito convidativas.
Convido-vos a visitar esta
linda exposição.Com obras em acrílico sobre tela ou sobre papel, passando pelos
fabulosos desenhos a lápis de carbono e carvão sobre papel, eis diante de nós o
Douro, a sua paisagem, as suas gentes, o seu pulsar, pelos olhos de alguém que,
como eu, se deixou cativar por esta terra de deuses.
Fica aqui uma amostra.
Rosa Maria Alves Fonseca
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