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sábado, 16 de fevereiro de 2019

DEIXAR OS ALUNOS DO 12.º ANO SEM AULAS SERIA ÓTIMO... PARA AS ESCOLAS PRIVADAS

O líder da Fenprof, Mário Nogueira, continua a ver notícias num televisão a preto e branco, e lá vai conduzindo os professores do ensino público português para uma espécie de aldeia de irredutíveis gauleses.

Propor uma greve às aulas dos alunos do 12.º ano, durante o 3.º período, é de quem não percebe o essencial: perdia a razão e perdia a luta... definitivamente. 

Não dar aulas durante um período é objetivamente prejudicar os alunos do ensino público e colocá-los em posição desfavorável em relação aos do privado, que ficariam melhor preparados que os seus colegas do público para os exames naionais, que, obviamente, não deixariam de se realizar.

Os pais que ainda manifestam compreensão com a posição dos docentes revoltar-se-iam de forma violenta contra os professores dos filhos, até porque duas ou três semanas de greve, podem ter consequências irreparáveis para os alunos, na sua preparação para os exames.

Esta proposta de Mário Nogueira não mede as consequências mais básicas, pois dividiria totalmente a classe docente, já que muitos professores têm filhos no 12.º ano e detestariam que os seus colegas prejudicassem de modo direto e objetivo os seus filhos. Por outro lado, os colégios seriam vistos como um grande exemplo de responsabilidade educativa e social, capitalizando junto dos pais, opinião pública e alunos. 
Se Mário Nogueira conseguir concretizar a sua proposta, o governo do PS não precisa de muito mais para garantir a maioria absoluta, pois até outras lutas, de outras classes profissionais, serão desacreditadas nos media e opinião pública.

Na impossibilidade de Nogueira ligar a parabólica, era bom que deixasse usar o comando quem conhecesse os pais e os alunos que tem à frente. 

GAVB

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