A Viagem Medieval 2018, por Terras de Santa Maria, leva-nos
ao reinado de D. Pedro. E basta olhar para a foto do programa da maioria viagem
medieval portuguesa para percebermos que vamos conhecer o lado justiceiro,
cruel e amargo do rei que amou Dona Inês de Castro.
O recinto é o mesmo de outras Viagens e nele podemos
encontrar sempre atividade, embora os principais acontecimentos se concentrem quando o sol se
retira e a noite toma conta do povoado.
Os pequenos estarão cansados do treino
dos escudeiros ou de tentar entrar para o corpo de elite dos arqueiros de D.
Pedro, mas a música não pára e há sempre animação a acontecer, entre o Castelo,
o povoado, o terreiro das Guimbras e o convento.
As recriações históricas comportaram quatro cortejos (Da Amada e rainha, Justiceiro Cruel, D. Pedro I, el rei de Portugal; Cortejo Real)
e três episódios: a Vingança, a Coroação e o Sonho.
Todos os dias, há um espetáculo final, Sangue de Portugal, onde
dezenas de atores recriam a guerra que D. Pedro moveu contra seu pai, o rei D.
Afonso IV, depois deste ter mandado matar o amor de sua vida – Inês de Castro.
É uma encenação grandiosa a que assiste grande parte do público que acorre à Viagem
Medieval e onde dezenas de atores e figurantes estão envolvidos.
Este ano, escolhi a noite de ontem para viajar até ao século
XIV e entrar no turbulento reinado de D. Pedro, o justiceiro. Além de “Sangue
de Portugal”, gostei bastante de assistir no cortejo Justiceiro Cruel, onde o lado sanguinário e impiedoso de D. pedro
ficou claramente retratado.
Apesar da Viagem Medieval já se realizar há duas décadas
continua a atrair cerca de cinquenta mil pessoas por dia, o que atesta a
solidez e a qualidade desta Feira Medieval, uma das maiores e melhores atrações
turísticas do verão, no norte de Portugal.
Para quem tiver vontade de viajar no tempo, até ao reinado
de D. Pedro, ainda há oportunidade de o fazer até domingo.
GAVB
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