Viana do Castelo é cada vez mais uma cidade jovem, com glamour e capaz de proporcionar a quem a visita uma combinação perfeita entre modernidade e tradição, onde o campo, a montanha e a praia se conjugam na perfeição.
Adoro passear pela cidade de bicicleta, deixar que a brisa do rio me acaricie a alma e me conduza entre o Gil Eanes e o Museu do Traje, com uma paragem obrigatória na pastelaria Natário (original).
Na última visita descobri um outro motivo para visitar a terra das Mordomas: a Fábrica do Chocolate.
O nome engana porque esta fábrica é nada mais nada menos que um hotel temático dedicado ao chocolate.
Quartos personalizados e um restaurante, onde se podem fazer refeições ligeiras, com uma carta totalmente consagrada à doce tentação feita a partir das sementes do cacau.
Para quem não se pretenda hospedar nesta icónica unidade hoteleira vianense, a Fábrica do Chocolate tem um museu interativo e moderno, onde qualquer um fica a par da história do chocolate.
Fiz, com a minha família, uma visita guiada surpreendente, onde aprendi imenso sobre a história e a origem do chocolate. Curiosidades espantosas, acompanhadas pela degustação de um pequeno e delicioso chocolate e por uma bebida desconhecida - o xcolati -, amarga e elaborada com água, canela, cacau em pó e piri-piri. Quanto mais espuma a bebida tiver melhor é a qualidade do cacau.
O imperador Montezuma bebia cinquenta copos (todos feitos em ouro) desta bebida por dia, pois acreditava que ela lhe trazia um acréscimo de energia. Conta a lenda que após cada tomada lançava fora os valiosos copos áureos, numa demonstração óbvia de poder, riqueza e desprezo pelo ouro.
Só no Séc. XIX se assiste ao grande boom da indústria chocolateira com o surgimento das mais famosas fábricas de chocolate: Nestlé, Lindt, Suchard, Cadbury, Cayer, Vianenese, Regina, Arcádia...
Obviamente, o chocolate conquistou o paladar de milhões de apreciadores no mundo inteiro, com os Suíços à frente de todos.
O mundo das artes consagrou-lhe livros, pinturas e filmes memoráveis, que só nos abrem mais o apetite para nova degustação, nova tentação.
Negro, de leite, branco ou com pimenta rosa. Cada um escolhe o seu ou deixa-se escolhe por ele.
Gabriel Vilas Boas
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