Ontem, despedi-me definitivamente de uma amiga, que foi obrigada a partir antes do tempo. Entre a emoção da perda e a revolta com as doenças que nos destroçam caprichosamente, pensei no valor do Tempo. Essa «coisa» infinita e eterna, cujo valor aprendemos tardiamente.
Nunca controlaremos o seu tamanho ou quantidade, mas podemos definir a sua qualidade, se soubermos estabelecer prioridade corretamente.
O Tempo não tem preço, mas isto não quer dizer que ele seja seja valioso para nós. Muitas vezes, gastamo-lo em lutas fúteis, em teimosias absurdas, em egoísmos sem sentido.
Vemos o nosso comportamento suicida espelhado no vizinho, no amigo, no pai ou no irmão, mas não percebemos que somos sempre nós. Passamos muito tempo, pensando e dizendo que «ainda vamos muito a tempo»de viver tudo o que é importante, todavia isso é mentira.
Não podemos comprar Tempo, seja ele o da infância suprimida, da juventude reprimida ou da vida adulta sofrida. O Tempo não se recupera nem se compra, porque ele é a própria riqueza que a vida nos proporciona. Uma riqueza, pessoal, inerte e potencial, que apenas a nossa atitude pode transformar e realizar.
O tamanho do Tempo não se conta em horas, dias, meses ou anos, mas na quantidade e intensidade de coisas, emoções, sentimentos, ações pessoas com que o soubermos encher.
Viver com sabedoria é o verdadeiro preço do tempo.
Gabriel Vilas Boas
Adorei...sweet november!!
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