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terça-feira, 16 de abril de 2019

NÃO QUERIA QUE OS MEUS FILHOS VOLTASSEM A VER-ME PERDER

Uma segunda oportunidade! 
Quem falha redondamente sabe quanto ela é importante. Muitos precisam que esta segunda vez se multiplica para além do razoável, mas poucos percebem que o fundamental é ser o próprio a dar-se uma segunda oportunidade.

Tiger Woods foi (talvez ainda volte a ser) um desportista de eleição, dominando o golfe mundial durante mais de uma década, arrecadando fama, dinheiro, vitórias, até que tudo isso o apanhou, dominou e trucidou. 
De 2009 a 2017, a estrela de Tiger apagou-se por completo. Várias lesões e cirurgias às costas, polémicas relacionadas com um escândalo sexual que lhe custou o fim do casamento, consumo exagerado de álcool e medicamentos, detenção por condução embriagado. O poço de Mr. Woods parecia não ter fim. Mas o golfe havia de o salvar, dando aquela tacada miraculosa, que o fez regressar à vida. Há um ano voltou a competir e agora voltou a vencer outro grande torneio de golfe. 

O mundo do desporto (e não apenas do golfe) comoveu-se com esta recuperação de Tiger, porque sabe (sabia) que só o desportista podia fazer ressuscitar o Homem. Até o arrogante Donald Trump teve um momento de sincera humanidade: 
"Um verdadeiro campeão. Que fantástico regresso à vida deste tipo verdadeiramente genial."
Serena Williams ficou emocionada: "Estou em lágrimas. Tiger tem uma grandeza como mais ninguém". 
Tiger «apenas» venceu o Master Augusta, mas este foi «só» o 15º Major da carreira (o record ainda é de de Jack Nicklaus com 18), mas o mais importante é que parou de se boicotar e derrotar. Pelos filhos ou por si, o essencial é que teve a coragem e a força de inverter o plano inclinado em que a sua vida se convertera.
Gabriel Vilas Boas

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