Etiquetas

Mostrar mensagens com a etiqueta Crime. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Crime. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 25 de março de 2021

OS NOVOS INSPETORES DA PIDE?

   


  É possível que a comparação seja exagerada, mas foi a imagem que me ocorreu ao ouvir as acusações não desmentidas de cidadãos estrangeiros que passaram pelas salas de horror dos serviços de estrangeiros e fronteiras, vulgo SEF. 

     A brutalidade impune, irracional e despropositada, com que alguns inspetores do SEF tratavam os emigrantes (especialmente os mais pobres) já era comentada entre as diversas organizações dos direitos humanos, mas a morte do cidadão  ucraniano Lhor Homeniuk destapou uma realidade cruel e que envergonha Portugal, já que as forças policiais representam o país.


     Manter a segurança, prevenir o terrorismo,  combater o tráfico de droga não é espancar, prender semanas a  fio «porque sim», negar direitos básicos  de saúde e higiene. Isso fazia a PIDE, a quem amava um Portugal livre e democrático.

  A solução não é acabar com o SEF ou diluir as suas competências por outras forças de segurança, mas «apenas» expurgar o SEF destas práticas que envergonham qualquer povo.

A brutalidade da polícia  é a sua pior propaganda, pois os estados de sítio (que justificam medidas mais duras) são  episódicos na história dos povos. Ser duro é muito diferente de ser bruto e jamais pode ser um eufemismo.

     Normalmente a lei basta a um polícia competente. E a  polícia devia perceber que as sociedades não detestam os polícias, mas apenas a sua arbitrariedade,  brutalidade e incompetência.

   Em democracia, todas as instituições públicas têm de ser sindicáveis, corrigíveis e respeitadas. Há matérias outras em  que a polícia tem razões de queixa? Há e não são menos importantes que a brutalidade dos inspetores do SEF, mas uma asneira  não desculpa a outra.

     Passou um ano sobre a morte de Lhor Homeniuk e o principal continua por fazer: garantir aos portugueses que aquelas práticas do  SEF jamais se repetirão.

Gabriel Vilas Boas 

quarta-feira, 13 de março de 2019

ALUNOS E FUNCIONÁRIAS ASSASSINADOS EM ESCOLA BRASILEIRA


Uma dezena de mortos! É este o primeiro balanço (ainda provisório) dum inusitado ataque levado a cabo por dois jovens, numa escola brasileira, do Estado de São Paulo, no Brasil. 



Os dois assassinos, que eram ex. alunos da escola e tinham dezassete e vinte e cinco anos respetivamente, acabaram por cometer suicídio no final do seu tresloucado ato, que está a deixar a sociedade brasileira em estado choque e grande consternação. 
Ainda antes de chegar à escola, os jovens já tinham denunciado as suas intenções, ao atingir  o dono de um posto de lavagem automóveis, nas imediações do estabelecimento de ensino. 
Mal chegaram à escola, atiraram mortalmente sobre duas funcionárias; depois dirigiram-se ao pátio escolar, onde dispararam dezenas de tiros, matando quatro alunos e ferindo vários (dois viriam a falecer no hospital). A sangria só não prosseguiu porque alguns professores se refugiaram com os seus alunos nas salas de aula. Foi então que os assassinos resolveram pôr fim à próprio vida, deixando atrás de si um rasto de destruição e morte.

A tragédia da escola de Suzano é só mais um sintoma da guerra civil informal em que o Brasil vive há alguns anos, no entanto o crime não tinha ainda chegado à Escola. Chegou hoje! Mais uma barreira psicológica quebrada!

Numa escola brasileira há essencialmente crianças. Umas mais conscientes do que outras em relação à realidade negra que as cerca, mas todas inocentes, e para quem a vida ainda só havia escrito poucos parágrafos. Hoje tombarão cruelmente algumas.  
A resposta ao crime não é (nem nunca poderá ser) armar a população, como defende o presidente brasileiro. 
Estou curioso para perceber qual será a reação de Bolsonoro a este odioso crime!

GAVB

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

TECNOFORMA: HÁ COISAS EM QUE OS POLÍTICOS NUNCA PERDEM A TÉCNICA NEM A FORMA


Já todos estranhávamos o silêncio do PSD perante tão grande aselhice do governo socialista, mas agora começa a perceber-se a razão. Bruxelas "descascou" a Justiça portuguesa, referindo que aquela absolvição de Passos Coelho e Miguel Relvas, no caso Tecnoforma só foi possível porque eles governavam o país. Afinal, havia indícios de crime.

Os portugueses já suspeitavam. O mesmo tinha acontecido com Sócrates (a uma escala diferente, claro está), quando se suspeitou que tinha recebido uns trocados para aprovar o Freeport, no tempo em que era Ministro do Ambiente. 
Se se recordam, quando o caso foi noticiado pela comunicação social portuguesa e inglesa, a magistrada do Ministério Público, Joana Marques Vidal, mandou arquivar o caso, porque Sócrates era o Dono Disto Tudo ou, pelo menos, pensava que era.

Quando Sócrates foi preso, Passos Coelho disse que “Não somos todos iguais”, o que é verdade, porque a Tecnoforma, ao lado da operação Marquês, parece uma brincadeira de crianças.

Voltando à Tecnoforma, percebemos que afinal os políticos não são todos iguais, mas tentam... e muito.
Repetindo a retórica inicial de Sócrates, também Relvas não se lembra de ter pertencido à Tecnoforma, como Passos Coelho não se lembrava se recebia ou não cinco mil euros mensais da mesma Tecnoforma (também o que é isso de cinco mil euros a mais ou a menos na conta corrente do ex-primeiro-ministro) nem Marques Mendes nos quer esclarecer sobre esta questão, apesar de também ele ter andado por lá. Prefere adivinhar o futuro dos outros. Feitios!


Quem anda com mau feitio é o gabinete de comunicação do governo socialista, que teve de lançar mão desta granada de caserna, depois de tanto ministro meter água, de tantas más decisões de António Costa, de tanta greve de gente com razão.
De facto há coisas em que a classe política não dececiona nem perde a forma ou a técnica: casos de corrupção, lixo varrido para debaixo do tapete, incompetência atroz para gerir a coisa pública.


Post Scriptum: para quem não está familiarizado com as acusações de Bruxelas à Tecnoforma, elas resumem-se da seguinte maneira: parece que o dinheiro que devia ser gasto em formação foi usado para comprar quadros, colchões e frigoríficos. 
No fundo, no fundo a combinação da escola Valentim Loureiro com a de Oliveira e Costa no BPN.

GAVB