Defender a vida é uma verdade de La Palice, por isso o mundo parou para tentar estancar os efeitos do COVID-19.
No entanto há sempre quem ache que está acima da morte e prefira defender o risco absoluto porque a economia não pode parar.
Além dos milhares de mortos, em consequência da pandemia do COVID-19, o pior desta semana foi o cartaz de uma manifestante norte-americana anti-isolamento social, que passou numa televisão dos EUA, quando uma repórter fazia um direto de Nashville: "Sacrifiquem os fracos"!
Lembrei-me imediatamente do ideal nazi de Hitler. É triste vê-lo na América George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt, Abraham Lincoln, mas não é totalmente surpreendente vê-lo numa América que elegeu Donald Trump.
Apesar de toda a educação, de toda a evolução científica, de todas as viagens, de todas as lições da História, ainda há muita gente que não saiu da era da bestialidade.
SACRIFICE THE WEAK não é um caso isolado, não é uma ideia de um tarado, mas uma cultura de morte que cresce sorrateira dentro desta economia global, onde as pessoas interessam pouco.
Passámos o século XX com regimes totalitários, de esquerda e de direita, que vendiam uma espécie de elixir da sociedade perfeita. Tivemos de viver anos para os derrotar, para derrubar os muros que eles criaram entre pessoas que se amavam, povos que se queriam conhecer, gerações que não puderam passar testemunho.
Hoje vivemos, supostamente, melhor, especialmente porque o totalitarismo se refinou: passou do ideologia política para um dos piores pecados da humanidade: a ganância.
Toda a gente devia saber que o ganancioso passa a vida a sacrificar os mais fracos.
Gabriel Vilas Boas
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