Entre os professores portugueses, a frustração deu lugar ao desencanto.
Um desencanto tão profundo que não se fica, apenas, com os políticos, como também se estende aos seus sindicatos e à sua estratégia de luta, e culmina na sociedade portuguesa, em geral.
Os professores sentem-se injustiçados,todavia o tempo da luta aguerrida parece ter passado. Muito poucos são aqueles que querem ouvir falar em greves, pois sentem que até essa arma se tornou inofensiva.
Felizmente a organização sindical liderada por Mário Nogueira percebeu que os professores não estão disponíveis para mais greves. Possivelmente guardarão a sua revolta e indignação para descarregar nas urnas de voto.
Serão suficientes para produzir algum efeito útil? Não o sabemos agora, no entanto é cada vez mais percetível que a hipócrita classe política portuguesa apenas entende uma linguagem: a do voto.
Durante décadas, alguns partidos (especialmente os da esquerda) serviram-se mais da boa vontade e da boa-fé dos professores do que lhes prestaram qualquer serviço, por mais justo e elementar que ele fosse.
Agora é chegada a altura dos professores e dos seus sindicatos «obrigarem» alguns partidos a definirem quanto importantes são para si os professores.
P.S. No Brasil, Bolsonaro começa a mostrar ao que vem: tornar o seu povo cada vez mais inculto, de modo a poder controlá-lo mais eficazmente. Vai consegui-lo. Os «idiotas úteis» que o apoiam são muitos mais do que os corajosos que ainda o questionam.
É uma pena que, em plena era da Internet, o Brasil se degrade de uma maneira tão rápida e lamentável.
Já tinha perdido a segurança, agora perderá a educação.
GAVB
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