Durante décadas entraram em Portugal milhões e milhões de euros em apoios comunitários e a vida dos portugueses melhorou um pouco, mas não tanto como o de outros cidadãos europeus que tinham piores vidas que as nossas há vinte anos.
Elisa Ferreira coloca a questão como ela deve ser colocada: é penoso, triste, incompreensível ver que Portugal é ainda um país da coesão, ou seja, um país que precisa da ajuda de outros países da UE. Um país que pensa como um adolescente, sempre a pedir mesada aos pais, apesar de já ter 35 anos de União Europeia e depois da sua entrada já ter visto mais 15 países entrarem para o clube europeu.
E a situação não tende a melhorar porque o governo português já nem quer dinheiro emprestado, quer dinheiro dado.
Desenvolver projetos em que tenha de colocar a sua parte (por mais pequena que seja) e dar conta da rentabilidade do investimento quase que deixou de ser opção estrutural.
Pior que não ter dinheiro é não saber o que fazer com ele. Os portugueses sabem os restaurantes com estrela Michelin em Portugal, as aventuras do do rei Emérito de Espanha, os devaneios amorosos das estrelas de futebol portuguesas, mas não conhecem dez projetos portugueses que aplicaram, com sucesso, os fundos que a UE disponibilizou a Portugal. Muito menos sabem quais a empresas portuguesas que começaram por recorrer a esses fundos, mas atualmente já os dispensam porque ganharam asas suficientemente fortes para não estarem dependentes de ajudas.
O que Elisa Ferreira não disse ou não quis dizer foi a razão pela qual o nosso país continua alegremente a fazer o papel de pedinte.
Eis parte da resposta:
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