Perdida a maior das batalhas, recuperação total do tempo de serviço, a Fenprof (maior organização sindical de professores) esmoreceu por completo. Parece que não há outros temas que preocupam os professores, mas há.
Começando pela carreira: o estrangulamento da progressão dos professores e educadores, em dois escalões nevrálgicos não seria matéria de luta e negociação?
Os professores deslocados não mereciam uma reivindicação acérrima e decidida, pelo pagamento de um subsídio de alojamento e transporte ou, em alternativa, pela disponibilização de casas camarárias, para habitação temporária, durante o período letivo?
É incrível como Mário Nogueira deixou que o sonso do primeiro-ministro tomasse a dianteira e sugerisse que ia resolver o problema /injustiça dos professores do 1.º ciclo que trabalham mais horas que os seus colegas do segundo e terceiro ciclos.
Nogueira não consegue explicar à opinião pública os perigos da municipalização da educação, implementada sorrateiramente pela máquina socialista.
Em suma, A Fenprof não consegue trazer a Educação para o debate eleitoral.
Para todos os partidos, a educação é uma espécie de material radioativo, que preferem ignorar com receio de contaminação.
No passado os partidos procuravam a opinião dos professores, faziam questão ter alguns em lugares de destaque nas suas listas. Hoje, fogem deles. Preferem não ter política de Educação, porque os professores querem sempre o mesmo.
Essa imagem negativa que os professores têm na sociedade portuguesa resulta, na minha opinião, de dois erros crassos: manutenção do mesmo rosto sindical há vários anos; concentração reivindicativa na questão salarial.
É preciso outra estratégia e novos dirigentes sindicais. Fazer da mesma maneira com as caras de sempre, só atrairá novas derrotas. E os professores estão cansados de perder.
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