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domingo, 22 de janeiro de 2017

POR QUE É QUE ESSAS PESSOAS NÃO VOTARAM?


A frase é de Donald Trump e talvez seja das melhores coisas que disse ultimamente. Donald Trump referia-se às enormes manifestações que pontuaram a sua tomada de posse.
Donald Trump tem absoluta razão! A grande manifestação do povo são as eleições. É aí que as pessoas manifestam a sua suprema vontade sobre quem os irá governará. Criticar quem é eleito democraticamente (ainda que as regras sejam diferentes de país para país) é criticar a própria democracia; soa a mau perder.

É ótimo vivermos num sistema social e político que não nos coíbe de manifestarmos a nossa repulsa até com uma eleição democrática, mas é bom termos a noção do que fazemos e como estamos a dar trunfos a quem prefere as ditaduras às democracias. Millor Fernandes dizia, com graça, que “Democracia é quando eu mando em você; ditadura é quando você manda em mim.” O tempo da informação total e sem filtro trouxe-nos uma certa infantilidade de pensamento, em que parece que só queremos brincar quando somos os reis do jogo.
O que se está a passar na América de Trump é uma espécie de birra de crianças mimadas ou de má consciência com os seus amuos de Novembro de 2016 e que agora não querem reconhecer o grande erro que cometeram.

Trump venceu com os votos dos seus apoiantes e sobretudo com a ausência dos naturais apoiantes do Partido Democrático. Foi uma dura lição para as elites políticas americanas e para uma certa arrogância da América instruída e com acesso aos media. Havia outra América, a América que votou convictamente em Trump, e que sempre nos procuraram esconder. Agora ela está bem à vista.
A eleição de Trump, o modo como ele ocorreu, deve servir de lição para outras realidades – nos momentos importantes não devemos amuar e exercermos a nossa vingançazinha, mas antes votar em consciência, afirmar a nossa cidadania, perceber a importância do que está em jogo e decidir em consciência sobre o que é melhor e mais justo para a maioria, ainda que façamos parte da minoria.
Se Trump, no discurso da tomada de posse, tivesse tido a coragem e a inteligência de se dirigir aos manifestação e corajosamente lhe tivesse perguntado “Se me detestam tanto, por que não foram votar, em vez de terem ficado em casa?”, talvez tivesse havido uns segundos de silêncio em memória de muitas más consciências.

Gabriel Vilas Boas 

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

KU KLUX KLAN ESTÁ DE REGRESSO


Não, não é uma metáfora sobre a vitória de Trump nas eleições americanas; é uma notícia com poucas horas: o odiado Ku Klux Klan (movimento(s) reacionário, extremista, xenófoba e racista que defende a supremacia da raça branca) anunciou uma marcha pública, para 3 de dezembro, para celebrar a vitória de Donald Trump.

 Eles têm razão para comemorar, pois um dos seus foi eleito o 45.º Presidente do país mais poderoso do mundo.
Não conseguimos ainda julgar o que Trump fará, mas são claras as suas intenções. Nisso Trump não enganou ninguém. 
E ele não ganhou apenas com os votos da sua família. Por isso, não é a Trump que devemos pedir responsabilidades, mas aos americanos que votaram nele. Não têm desculpa! 
Trump não tinha uma parte má; todo ele é péssimo! Nada nele se aproveita! Não há experiência política ou militar, não há uma boa ideia económica ou social, não há humanidade, mas sobre racismo, xenofobia, desprezo pelas mulheres, pelas minorias, pelos pobres. Foi neste tipo de valores que milhões de americanos votaram! Hillary podia ser péssima (que não era!), podia não ser fraca em economia, em relações internacionais (que não é), mas era decente! Trump não é! Com Trump regressa o Ku Klux Klan, uma das mais trágicas organizações norte-americanas.

Quando apertarem a mão a um americano do Texas ou da Flórida é preciso ter a consciência que provavelmente neles existe um pouco de Ku Klux Klan… ou até muito.
Acham os americanos evoluídos? Talvez não seja tanto assim! Afinal de contas, até Putin conseguia preferir Hillary Clinton!
Trump será, em primeiro lugar, um problema dos americanos, mas os americanos são um problema para o resto do mundo. E a verdade é que muitos deles ainda não digeriram os tempos da abolição da escravatura.

Gabriel Vilas Boas