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domingo, 7 de março de 2021

OITO MULHERES QUE DÃO CARTAS NA POLÍTICA MUNDIAL

 Angela Markel foi a pedra angular que ajudou a virar uma página importante na política europeia e mundial. Hoje várias mulheres são proeminentes na política mundial e começam a fazer a diferença, em vários domínios e geografias, como nas prioridades que estabelecem. Menos corrupção, mais preocupação social, melhor ambiente.

Escolhi oito, mas várias outras mereciam destaque. Centrei-me no aspeto político, na medida em que este permite um raio de ação mais amplo.


MARGRETHE VESTAGER é provavelmente a política de Bruxelas que mais admiro. A dinamarquesa que inspirou a série televisiva Borgen  é temida pelos maiores impérios comerciais e tecnológicos, como a Google, pois teve a coragem de lhes aplicar multas de centenas de milhares de milhões de euros, por violar regras de concorrência e distorcer os mercados comunitários. Está em Bruxelas há sete anos, onde ganhou e perdeu lutas, mas a sua estrela nunca brilhou tão alto como agora, em que chegou ao cargo do de vice-presidente da união europeia. 



JACINDA ARDEN cintila no hemisfério sul. Com pouco mais de 37 anos ascende ao cargo de primeira-ministra neozelandesa, onde se mantém com uma popularidade nunca vista. Tida como uma mulher dialogante e sempre disposta a fazer compromissos, procurou e conseguiu formar um governo representativo da diversidade étnica u cultural da Nova Zelândia. Ambientalista e feminista destacou-se no último ano pela forma exemplar como lidou com a epidemia da Covid-19, fazendo com que o seu país fosse considerado um exemplo a nível mundial.

TSAI ING-WEN é um exemplo de coragem e rebeldia. Ela é a presidente da República da China, outrora ilha Formosa, e lidera um pequeno país unicamente reconhecido por quinze países. A primeira mulher a governar Taiwan é uma mulher de consensos, carismática e capaz de derrubar qualquer tipo de barreiras, como atesta o facto de no seu executivo ter como membro Audrey Tang, um génio informático que luta por uma tecnocracia paritária e que tem a particularidade de ser um transgénero.


KAMALA HARRIS é a primeira mulher a ser vice-presidente dos Estados Unidos e o mais provável é que daqui a quatro anos seja ela a candidata do partido democrata a suceder a Joe Biden. Competência e curriculum não lhe faltam, mas falta seguramente cumprir as promessas democratas em relação às minorais, aos direitos das mulheres e à justiça.


MARIA KOLESNIKOVA é bielorussa e assumiu, desde o verão passado, um papel importância na oposição ao ditador Alexander Lukashenko, reeleito de forma altamente suspeita. Kolesnikova está atualmente presa, sem culpa formada, há vários meses, mas não esmorece na sua luta contra um regime corrupto e opressor. 


NICOLA STURGEON é um um escocesa fervorosa e adepta da independência da Escócia face ao Reino Unido. A atual primeira-ministra escocesa tem fundadas esperanças em vencer as próximas eleições (6 de Maio) e suscitar, de seguida, novo referendo sobre a independência escocesa, pois sente que essa é a vontade do seu povo, especialmente depois de Boris Johnson ter tirado o Reino Unido da União Europeia, contra a vontade da maioria dos escoceses, que provavelmente se sentem melhor dentro da UE que fora dela.


ANNE HIDALGO já conquistou Paris e daqui a dois anos pode ser chamada a enfrentar Macron, na corrida ao Palácio do Eliseu. Esta franco-espanhola nasceu em Cádis, mas cedo emigrou para França. Aos 14 anos já tinha a nacionalidade francesa e nos últimos vinte anos tem dedicado o melhor de si ao município de Paris, onde tem implementado uma ambiciosa agenda ambientalista e contra a gentrificação da capital francesa - um problema que afeta cada vez mais cidade europeias. Anne é mais um exemplo da política no feminino, sempre atento aos novos problemas das sociedades modernas e com propostas arrojadas e inovadoras.


URSULA VON DER LEYEN é o melhor de que a mulher pode ser mãe, excelente profissional e uma política com carreira brilhante. A alemã, nascida em Bruxelas há mais de seis décadas, ascendeu ao mais alto cargo da União Europeia - presidente da Comissão Europeia, desde 2019. Antes, a médica, investigadora e mãe de sete filhos já tinha no seu curriculum mais de vinte anos de cargos políticos. Von Der Leyen já foi ministra da Defesa, da Família e do Trabalho, em dois governos de Angela Merkel. Agora experimenta o maior desafio da sua vida pública: levar a bom porto o primeiro mandato de uma presidente da comissão europeia, num momento em que a pandemia da Covid-19 elevou a fasquia a um nível superlativo.

1 comentário:

  1. Parabéns, Gabriel Araújo !!! Eis um Blog muito interessante, que nos (me) vem dar conhecimento, de factos a que (a)normalmente não procuramos. Obrigada. Boa continuação.

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