Como fizeram os israelitas? Fizeram aquilo em que normalmente são ótimos: pagar mais caro, passar por cima das regras, vender a alma ao diabo, excluir os palestinianos do plano de vacinação, incumprindo o acordo com a pfizer.
Numa altura de grande angústia, medo, com a economia parada e as morgues em grande azáfama, há, certamente, adeptos dos método judeu: pagar o dobro dos outros para ter primeiro aquilo que devia ser distribuído; fornecer os dados clínicos da população israelita, sem o consultar, à pfizer; deixar para o fim os palestinianos da Faixa de Gaza.
Era isto que os europeus deviam fazer? Na minha opinião, claro que não! Se a união europeia, a parte do mundo mais civilizada e democrática, não dá, nesta pandemia, um exemplo de solidariedade, o que a distingue dos regimes ditatoriais? É na adversidade, no sofrimento da espera, que mais devemos ser exigentes com os nossos valores. O «salve-se quem puder», o «cada um por si» só nos afunda em humanidade e torna insignificante qualquer esforço da ciência, o brilho da criação artística, a magnificência das atitudes nobres.
Um povo vê-se na nobreza do seu carácter. A vacinação contra o coronavírus é um momento delicada da vivência da humanidade que há várias décadas não tinham encontrado um inimigo tão letal. Havemos de o vencer. Uns com mais baixas do que outros, mas a pior das derrotas é a da indignidade.
Excluir pessoas porque professam outra religião ou vender a intimidade dos cidadãos são decisões víricas que não gostaria de ver no meu país.
GAVB
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