Etiquetas

Mostrar mensagens com a etiqueta Filantropia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Filantropia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O GRANDE CORAÇÃO DE RONALDO


Entre a voragem dos golos, dos títulos, dos campeonatos, das bolas e das botas de ouro, das namoradas e dos filhos por encomenda ou feitos por engano, há algo que Ronaldo faz, com alguma discrição, mas com enorme coração: filantropia e solidariedade. Nisso ele é também um verdadeiro campeão, porque me pareceU sempre verdadeiro e inteiro.

Há dias, o insuspeito jornal italiano Gazzetta dello Sport’ considerou o capitão da seleção portuguesa o futebolista mais solidário do mundo. Talvez seja um pouco exagero (como em muito do que gira à sua volta), mas é certo que o jogador do Real Madrid é um homem sensível aos momentos de dor, não só daqueles que lhe são próximos como de outros que mal conhece, mas que se conectam com ele, de uma maneira ou de outra.

Alguns exemplos: doou mais de 100 mil euros ao Hospital onde a mãe fez tratamentos contra o cancro da mama; ofereceu à Cruz Vermelha o prémio de 100 mil euros que recebeu recentemente da UEFA; é dador de razão; é dador de medula óssea, doou a Bota de Ouro conquistada em 2011 à Fundação do Real Madrid; auxiliou monetariamente várias famílias da ilha da Madeira, de onde é natural, aquando das cheias de 2010 e dos terríficos incêndios de 2016.

Há certamente mais casos que comprovam a filantropia de Ronaldo. Vamos sabendo deles, mas não fruto de qualquer ação de marketing concertado dos seus agentes, porque se percebe que a ajuda de Ronaldo é feita com o coração, com sensibilidade e humildade.
É verdade que é fácil dar alguma coisa quando se tem muitíssimo, mas o mundo do desporto, e em especial o do futebol, está cheio de milionários, mas não abundam casos de generosidade como o de Cristiano Ronaldo.

GAVB

domingo, 26 de junho de 2016

E O QUE É QUE EU GANHO COM ISSO?




Quantas vezes já ouvimos esta resposta e ela significou um enorme balde de água fria sobre as nossas pretensões? Algumas, por certo.
Não acontece muitas vezes, mas algum dia acaba por chegar a nossa vez de fazer algo desinteressadamente, no trabalho, na comunidade em que nos inserimos, na associação de pais da escola dos nossos filhos. Convocamos os amigos mais confiáveis, disponibilizamos tempo e dinheiro, enchemo-nos de positivismo e orgulhamo-nos antecipadamente daquela solidariedade que víamos nos filmes. Até que aquela gargalhada insensível nos esbofeteia as ideias: “E o que é que eu ganho com isso?”
Apetece-nos gritar-lhe a nossa indignação: NADA. Mas estamos demasiado feridos para dizer algo.

Com um enorme sorriso amarelo, engolimos a deceção daquela resposta materialista e egoísta, normalmente embrulhada numa gargalhada revoltante, arrumamos o nosso projeto filantrópico no baú das ideias tontas e ficamos umas horas a deglutir a vacuidade da alma humana.



É então tão claro para nós que nem tudo na vida se quantifica ou materializa.  Percebemos a pobreza daquele “o que que eu ganho com isso?”, mas não vemos que aquele amigo ou amiga fomos nós uns anos antes, que a nossa tristeza de hoje foi a de outros ontem.
Talvez precisemos de afastar esse último sintoma de vaidade e egocentrismo, para não desistir de uma boa ideia. Talvez seja apenas a nossa persistência e coragem a única maneira de fazer ver ao nosso parceiro que ele também tem muito a ganhar com um trabalho/projeto, cujo lucro não se traduz em euros.
Nada é mais invejável do que a satisfação estampada no rosto dos outros. O nosso amigo perceberá logo que ganhámos alguma coisa de relevante com aquele projetozinho cheio de boas intenções.
 É nessa altura que as moedas perdem brilho, a inquietação cresce e ele resolve pegar no dicionário para rever o conceito da palavra “ganhar”, porque pressente que o nosso se escreve com maiúscula e o dele com minúscula, além de outras evidentes diferenças.

Gavb