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sábado, 9 de agosto de 2014

CADEIRAS COM ESTILO

Sabia que as cadeiras que tanto gosta, e que estão cada vez mais na moda, são do século passado?

Na primeira metade do século XX, os móveis criados sob a influência da escola Bauhaus deram origem não só a novas formas mas também ao uso crescente de novas tecnologias de fabrico, onde se destaca a produção de cadeiras.
É muito frequente a decoração de interiores recorrer a móveis (réplicas ou não, conforme o orçamento…) que proporcionam um ambiente moderno e actual, mas que foram criados há muitas décadas. Existem peças que, pelo seu bom gosto, design e inovação se tornaram intemporais; são os chamados “clássicos”. Estes, muitas vezes, surgem de uma estreita ligação entre os arquitetos e o desenho de mobiliário, em que o móvel é usado como uma forma de extensão da sua arquitectura em sintonia com os espaços criados, unindo materiais que proporcionam conforto e expressão artística ao mesmo tempo.
No campo do mobiliário, existem alguns “clássicos”, as cadeiras são um exemplo disso. Vejamos algumas destas cadeiras usadas nas decorações mais “in”.
A poltrona “Barcelona”, foi criada em 1929 pelo arquiteto alemão Mies Van der Rohe, para o Pavilhão Alemão da Exposição Internacional de Barcelona, permanece moderna e com sucesso até hoje. Mies aplicou a toda a colecção “Barcelona” o seu conceito “menos é mais”: linhas retas, desenho limpo e perfeição nos detalhes.
Em 1928,Le Corbusier projectou a cadeira Chaise Longue“ LC4” com uma estrutura em tubo de aço carbono cromado ou aço inox e com assento, encosto e braços em pele de bezerro ou couro sintético, elegante e versátil constitui uma das mais famosas cadeiras desenhadas por este arquiteto.
Alvar Aalto projectou em 1963 o“banco n60”que assim como todo o seu mobiliário (cadeiras, mesas, camas, bancos) utiliza a madeira de forma orgânica e racional e coloca uma mestra no moldar a madeira, conseguindo peças elegantes, cujas curvas suportam de maneira graciosa o peso de uma pessoa.
A famosa poltrona Charles Eames e sua banqueta são tão actuais agora como quando foram criadas. Continuam a ser um exemplo marcante do modernismo estando em produção contínua desde meados dos anos 1950, assim como a cadeira“DCW”, do mesmo autor, pioneiro na utilização da fibra de vidro, da resina plástica e malha de metal.
Outro clássico de meados do século XX é a cadeira “Tulipa” de Eero Saarinen. Simples e elegante este modelo projectado em 1950 ainda hoje nos estimula e remete para o futuro. Tem uma forma inovadora e é sustentada por um pedestal minimalista.
Do final dos anos 50, a cadeira “Egg”criada por Arne Jacobsen tem uma forma orgânica, aliás presente em quase todo mobiliário deste autor. O seu desenho moderno e divertido além de extremamente confortável permite que ela seja usada em variados ambientes e estilos de decoração, tornou-se um símbolo de sofisticação até os nossos dias.
A cadeira em “S” de Verner Panton, do início da década de 1960, é a primeira moldada em plástico injetado. Permite ser empilhada e é fabricada numa grande gama de cores.
A cadeira “Shell Chair foi desenhada por Hans J. Wegner. O assento e o encosto são em contraplacado, termo prensado, e as três pernas são de uma estrutura laminada. Apesar das linhas muito depuradas, a cadeira é confortável e tem estabilidade. Apesar da data de criação ser de 1963, só a partir de 1997 é que conheceu um grande sucesso, devido à retoma em pleno da sua produção.
Acadeira de “Diamante” de 1950, de Harry Bertoia, passou a ser um ícone do design moderno e introduziu um novo material, tela de arame industrial, no design de mobiliário. A sua forma orgânica ajudou a criar uma nova faceta para o modernismo.

1 - Cadeira Barcelona, datada de 1929, da autoria de Mies Van Der Rohe


2-Chaise Longue, datada de 1928-30, da autoria de Le Corbusier

3- Stooln 60, datada de 1933, da autoria de Alvar Aalto


4 - Cadeira DCW, datada de 1945, da autoria de Charles Eames (1907 - 78) e Ray Eames (1912 - 88)

5- Eames Loung Chair, datada de 1950-56, da autoria de Charles Eames (1907-78) e Ray Eames (1912 -88)

6 - Cadeira tulipa, datada de 1955-56, da autoria de Eeron Saarinen


7 - Cadeira Egg, datada de 1957, da autoria de Arne Jacobsen


8 - Cadeira de empilhamento ou cadeira S, data de 1960, da autoria de Verner Panton

9- Shell Chair, datada de 1963, da autoria de Hans Wegner


10 - Diamond Chair, datada de 1950 – 52, da autoria de Harry Bertoia



 Teresa Beyer

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sexta-feira, 7 de março de 2014

DEUS CRIOU A COR, A ARQUITETA TRABALHOU-A

Dada a importância que julgo ter a problemática da utilização da COR na Arquitectura, este “post” aborda a correta utilização das cores como importante aliado para o equilíbrio dos ambientes e daqueles que os habitam.
A cor é um dos elementos primordiais para a criação e definição dos espaços, sendo encarada como forma de expressão, tendo uma simbologia própria.
A percepção das divisões, de um qualquer edifício, é influenciada pela cor, que afecta a noção de tamanho e formato do espaço.
 A cor também é responsável pelas sensações que o ambiente proporciona. A aplicação correcta das cores pode aumentar a eficácia nas diversas actividades, estimular o intelecto, reduzir ou aumentar a luminosidade, diminuir o esforço visual, contribuir para a segurança e como já foi referido, ampliar ou reduzir espaços.
As sensações que a cor produz levam-nos a classifica-la como tendo uma qualidade térmica puramente psicológica. Dizemos, assim, que existem cores quentes (vermelho, laranja) e cores frias (verde, azul).

Exemplos de como as cores são importantes auxiliares para modificar as superfícies e os volumes.
(A) uma cor escura no chão traz certamente uma solidez ao espaço de uma divisão, mas reduz a sua superfície.

 (B) No tecto, a cor escura baixa a altura do pé direito; na parede dá uma profundidade misteriosa ou então aproxima o plano, mas no caso de ser usado nas quatro paredes “aperta” o espaço.
(C) para corrigir uma má proporção (um quarto muito longo ou muito estreito) a cor escura colocada na parte a aproximar e a cor clara sobre a parte que queremos alargar, transformam ao olhar a proporção geral. Elas podem modificar a luminosidade de uma dependência.
As cores absorvem e refletem a luz de maneiras muito diferentes. Uma cor clara no chão dá a impressão de uma superfície maior; no tecto ela aligeira e dá altura; posta sobre as quatro paredes alarga o volume geral, por isso ela é recomendada para as dependências pequenas.


(D) Regra geral, o branco, os amarelos, os beijes, são luminosos e podem alegrar agradavelmente uma dependência escura e não precisam de muita luz no período nocturno.

(E) os beijes escuros, os rosas, os bordeaux e os cinzentos pálidos absorvem mais a luz e reflectem menos.
(F) Os azuis, os verdes e todos os derivados precisam de mais luz para vibrar, quer seja de dia ou de noite. Convém empregá-los em locais bem expostos e que tenham grandes aberturas para o exterior. No chão, os tapetes claros dão luminosidade enquanto os tapetes escuros escurecem, o que é de evitar em ambientes mal iluminados.
Harmonia indispensável
Para conseguir dar num espaço uma atmosfera agradável é necessário compor uma harmonia a partir de todos os elementos: cortinas, sofás, tapetes, …
 Caso opte por uma maior “liberdade”, pode-se escolher duas ou três cores de base às quais se juntam as cores neutras, branco, preto e cinzento.
De entre as cores de base, as cores dos móveis, tal como a do chão, contam sobretudo quando as dependências são pequenas. A harmonia pode ser policromática (ex: verde vermelho cinza, ou, azul ouro negro). Ela também pode ser composta de dois ou três cores muito próxima no das cores (ex. amarelo esverdeado, verde amarelado e verde).
Ou então, composto por “dégradés” de um tom que vai aclarando com a cor branca(ex. castanho, camel e beije). Esta harmonia monocromática precisa, na sua delicadeza, de ser sustentada discretamente por um pouco de branco, de cinza e de preto que separam os tons e evitam que eles se confundam.

Aqui deixo algumas ideias / dicas que podem ajudar a melhor compreender esta temática.
Se tiver receio de arriscar numa cor, tente primeiro “pintalgar” o espaço com a cor eleita, com objectos decorativos, almofadas, puff’s, quadros. Ou então arisque mais um pouco e escolha uma parede, em que foque toda a sua atenção. Tem de ter em conta que essa parede irá realçar tudo aquilo que sobre ela estiver colocado.
Também há que ter em atenção que, em casas pequenas, se conseguirmos que o pavimento seja todo igual, o espaço vai parecer maior, pela continuidade de cor. Ele vai dar a noção da continuidade de espaços.
Cores quentes (vermelho, amarelo e laranja) e fortes reduzem o espaço porque dão sensação de proximidade, as frias (azul, verde, violeta)e claras, pelo contrário, dão a ilusão de profundidade, ampliando os ambientes. Os primeiros serão de evitar em quartos, visto estes terem um aspecto excitante e acelerador, precisamente o contrário das cores frias, que remetem ao relaxamento e tranquilidade.
Para tornar mais aconchegante, recorra a tons quentes.
A sala de estar, por exemplo, fica mais agradável em tons um pouco mais quentes do que toda branca, mas atenção com a cor que escolhe para fundo da televisão, pois esta influencia o visionamento correcto das imagens.
Uma parede colorida numa sala quadrada ajuda a quebrar a simetria. As cores também podem dividir ambientes, como são os casos de salas que servem de estar e de jantar. Uma única parede pintada num tom forte ajuda a delimitar a área de refeições. Para aproximá-la, use cores quentes. Se a intenção for afastá-la, frias.
Para quem quer estar na moda, é ir ver a pagina da Pantone!!! 
Teresa Beyer