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terça-feira, 18 de agosto de 2015

MISSÃO IMPOSSÍVEL 5 - NAÇÃO SECRETA



“Não posso confirmar nem desmentir quaisquer detalhes sobre as operações do IMF sem a devida autorização do Sr. Secretário…”
Um grande filme! O quinto filme desta saga arriscava muito: as duas últimas versões não foram memoráveis; Tom Cruise parecia em declínio e as suas últimas apostas pessoais e cinematográficas sugeriam o ocaso de uma carreira brilhante; as sequelas de grandes ideias costumam ser um erro.
Todavia…
Estamos a falar de “Missão Impossível” e de Tom Cruise e esta dupla parece tão brilhante como os diamantes, que, como toda a gente sabe, são eternos.
Apesar de já ter ultrapassado a barreira a dos cinquenta e ter sido declarado formalmente velho por uma fã cá de casa (Finalmente!),Tom Cruise tem um desempenho soberbo, nesta película. O filme respira ao ritmo da sua performance, executada como se ele fosse aquele herói de trinta anos que arrebatava tudo e todos.
No papel preferido de o último dos heróis, Cruise é Ethan Hunt, o mais brilhante agente do IMF que tem de lutar pela sua sobrevivência e do próprio IMF, ao mesmo tempo que procura provar a existência e perigosidade do Sindicato, sinistra sociedade secreta, criada com ex-agentes secretos, que ameaçava tornar-se numa força terrorista imbatível.
Ações brilhantes e sofisticadas, perseguições alucinantes de moto em Casablanca; tentativa de assassínio num majestoso teatro vienense, onde a magnífica ópera Turandot serve de metáfora musical à trama; rapto do primeiro-ministro inglês na cosmopolita Londres elevam, ao máximo, a adrenalina do espectador, que há muitos meses não desfrutava de um filme assim.
Além do mais, este extraordinário filme de Christopher Mcquarrie traz escondido um interessante subtexto, onde se pode ler o desencanto do realizador com a política dos nossos tempos. Às tantas já não sabemos por quê e para quem lutamos, e se estamos do lado dos bons.

Por entre tantos jogos de espelhos, máscaras e simulações temos de aprender a viver na desconfiança total, onde até uma promessa de amor se pode tornar numa atração fatal. Afinal Tom Cruise também tem o seu ponto fraco… sim, aquele que o aproxima do James Bound.
 Esperando que esta mensagem não se autodestrua em cinco segundos, ficam incumbidos de se deslocar a uma sala de cinema e fazer a vossa parte para que esta "missão Impossível" seja o sucesso que merece.
Gabriel Vilas Boas

sábado, 11 de abril de 2015

TOM CRUISE


Tom Cruise é daqueles atores que toda a minha geração conhece, embora Hollywood nunca o tenha premiado nem a sua estante esteja propriamente cheia de prémios.
Determinado a ser ator, Tom absorveu bem os primeiros “nãos” até encontrar lugar em “Endless Love”. E a sua vida tem sido um amor sem fim ao mundo do cinema, tendo já transposto a barreira da representação para a da direção/realização.

 Recordo o Tom Cruise dos anos 80 que tanto mais me irritava quanto mais fazia suspirar as minhas colegas em filmes como “Top Gun – Asas Indomáveis” ,"Cocktail” e “Nascido a 4 de julho”, onde assina uma das atuações mais consistentes e que lhe valeram o reconhecimento da crítica através de um Globo de Ouro. Esse encantador de jovens mulheres soube aprender com os melhores e também participou em filmes como “A Cor do Dinheiro” protagonizado por Paul Newman e “Encontro de Irmãos” ao lado do consagrado Dustin Hoffman, filme de que ainda guardo memórias pois despertou-me para o autismo.


Os últimos dez anos do século XX são os melhores da carreira e da vida de Tom Cruise. Foram os anos em que viveu com a belíssima e carismática Nicole Kidman. Com ela contracenou em filmes que muitos ainda recordam como “Horizonte Longínquo” ou “De Olhos Bem Fechados”, e os dois formaram o casal mais glamouroso de Hollywood nos anos 90. Parecia o casal perfeito e chegaram a adotar duas crianças, mas Penélope Cruz tinha ideias diferentes…
Enquanto viveu com Kidman, Tom Cruise não só continuava a conquistar o público como obrigava a crítica a reconhecer o valor dos seus desempenhos. Protagonizou os dois primeiros filmes da nova saga de “Missão Impossível”, deu a cara por “Uma Questão de Honra”, entrou na “Firma”, esteve brilhante em “Jerry Maguire” e excelente em "Magnólia", ainda que num papel secundário.


Desde que este século começou, noto que os desempenhos de Tom Cruise têm descido de qualidade, apesar de continuar a fazer filmes com uma cadência impressionante. Desfeito o casamento com Kidman, Cruise viveu com Penélope Cruz e Katie Holmes, mas nenhum dos seus relacionamentos deixou saudades nem o inspirou para desempenhos notáveis. Neste século já participou em dezasseis filmes (mais de um por ano), mas apenas guardo boas recordações de “Relatório Minoritário”, O Último Samurai”e “Colateral”.

A carreira de Tom Cruise parece ter entrado em declínio apesar de todos os milhões que continua a faturar e da adoração do público. Brevemente estreará “Missão Impossível 5”, no entanto acho que este talentoso ator norte-americano talvez precise de virar a página e fazer outro tipo de personagens e de cinema. Acho uma pena que Cruise continue a persistir em fórmulas de sucesso já vistas e não tenha acompanhado a sua imensa legião de fãs que esperava vê-lo em papéis mais densos. Cruise ainda vai muito a tempo de voltar a captar a atenção daqueles que lhe anteviram uma carreira plena de glória!

Gabriel Vilas Boas