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domingo, 27 de maio de 2018

IMAGINARIUS




O Imaginarius é um Festival de Teatro de Rua e já vai na 18.ª edição. Realiza-se em Santa Maria da Feira, em Maio, e de ano para ano atrai cada vez mais público e tem aumentado exponencialmente a sua qualidade. Só para edição de este ano houve 295 candidaturas, provenientes de 48 países. Claro que com tantos interessados é possível criar um cartaz de grande qualidade.

Além do vencedor do ano passado, os suiços Ici’bas, com o seu Lonely Are The Lonely Roads, os cabeças-de-cartaz eram os holandeses Theatre Gajes com a sua Odyssee e os portugueses Teatro do Mar com o multidisciplinar Insomnio.
Já há alguns anos que não marcava presença neste evento e por isso foi uma agradável surpresa a qualidade dos espetáculos que ontem tive a oportunidade de assistir.

Teatro, circo, dança, mímica, acrobacias, músicas. De tudo um pouco se pôde ver neste Festival Internacional de Teatro de Rua, que decorreu em vários espaços da cidade. Saia-se de um local e logo estava a começar outro espetáculo noutra praça, noutra rua, noutro recanto. Do que vi na tarde do último dia, impressionou-me os franceses do Cirk Biz’Art, três jovens marselheses que me encheram as medidas com a sua performance, uma espécie de cabaret-circo irreverente, onde o tradicional se misturava com o bizarro e interagia de forma intensa com o público, durante setenta minutos.

Também fiquei agradavelmente surpreendido com os espanhóis Collectiu La Persiana que apresentaram a sua “Violeta”. Um espetáculo familiar, onde sete acrobatas disputavam a atenção do público ao som da música latina, testando os limites e as emoções, desafiando sentimentos.




O final de cada um dos três dias do certame ficou marcado por um fabuloso espetáculo de pirotecnia e música, dos franceses Les Commandos Percu, denominado Silence. Aquilo que podia ser apenas uma banal mistura de técnicas de percussão e pirotecnia transformou-se numa tempestade imponente e ousada de som e fogo capaz de nos tocar em diversos domínios.



O Imaginarius é um festival para a família, descontraído, bem organizado e com um baixo investimento, que devia e podia ser replicado noutras cidades portuguesas. A arte, o improviso, a ousadia, o convívio entre culturas e povos, o teatro, a música, o circo, a dança e acrobacia – tudo parece ser um excelente motivo para visitar Santa Maria da Feira no final de Maio, numa espécie de ensaio geral para a Viagem Medieval, o evento mais emblemático do concelho.
GAVB

sábado, 20 de dezembro de 2014

PERLIM - A TERRA DOS SONHOS DE NATAL



Por estes dias, a cidade do Natal é Santa Maria da Feira. Durante trinta dias, Sua Realeza, o NATAL, atribui-lhe um nome cheio de fantasia e magia – PERLIM – A QUINTA DOS SONHOS.
Passei hoje de tarde por lá, com as minhas filhas, e assaltamos em conjunto o Castelo de Cartas, fizemos escalagem, patinámos no gelo (na verdade demos valentes trambolhões), conhecemos o Pai Natal na sua própria casa, ouvimos lindas histórias de encantar, enquanto sorvíamos o perfume das doces melodias de Natal.
Entretanto escureceu, as luzes iluminaram a beleza extraordinário dum cenário de sonho e fantasia na encosta do Castelo da Feira. Impossível resistir à magia que salta das dezenas das personagens que nos saem ao caminho pelos caminhos de Perlim.


Cruzem-me com uma sossegada rena acompanhada do seu Pai Natal. Dirigiam-se para a fábrica dos brinquedos… Deixamo-los ir, pois decidimos ficar a ouvir e a vir Banzé e Chinfrim – agentes secretos de Perlim que procuravam a desaparecida Isabela.
Enquanto elas prosseguiam as suas investigações, tomamos o comboio de Perlim e fomos até ao Farol. Sempre gostei de faróis, de lá vemos a Terra dos Sonhos toda. O Ez Voador preparava-se para levantar voo, mas as fotos das fãs nunca mais o deixavam partir. Por momentos ainda pensei que era o Principezinho, mas não… era só o EZ!



Daquele farol mágico que mais parecia um gigante boneco de neve avistámos a Lapónia e a Quinta dos Animais Brancos dum lado e os moinhos doutro. Descemos para ver mais de perto, mas tivemos de parar na Doce Casa, onde o chocolate faz perder a cabeça a qualquer mortal.
O tempo passava a voar e escureceu rapidamente. Só reparei verdadeiramente nisso quando a iluminação tornou Perlim num verdadeiro conto de Natal onde tudo é mágico e belo. De repente começou a nevar! Estava perto da casa do Pai Natal e entrei. Não resisti a uma foto com aquele simpático senhor das prendas, mas tive logo de partir. Ainda ficaram muitas aventuras por viver, sítios maravilhosos por conhecer: as aventuras dos cowboys, o ateliê de Perlim, as deliciosas bolas de Perlim…




Tive de regressar à realidade, para vos contar que até 4 de janeiro o mundo encantado do natal está em Santa Maria da Feira. Passem por lá, mas levem crianças para vos guiarem. Só eles conhecem os trilhos secretos que nos transportam à pureza e ao encanto do Natal que um dia também foi só nosso e de mais ninguém.

Gabriel Vilas Boas