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quinta-feira, 9 de junho de 2016

O EMPREGO DO FUTURO


Prever é a melhor maneira do controlar o futuro. 
Quem está agora a meio do seu percurso escolar – 9.º ano de escolaridade – deve-se interrogar sobre que necessidades laborais o mundo terá em 2016. Escolhas inteligentes serão aquelas que forem ao encontro das necessidades nessa altura. Claro que haverá sempre quem pense no seu boletim de candidatura ao mundo laboral como pensa no preenchimento do IRS; é óbvio que existirão aqueles que podem escolher fazer aquilo que lhes der na real gana, pois nunca dependerão do seu salário para pagar as contas; evidentemente que haverá quem deixe os outros escolher por si. No entanto, quem quiser triunfar, dependendo apenas de si, terá de começar a olhar para as tendências da próxima década.

O que querem os patrões?
Trabalho qualificado, mas não uma qualificação meramente académica, vulgo licenciatura, que, em muitos casos, é muito bonito para emoldurar, mas não tem um grande aproveitamento. Especialização será a palavra-chave. Só que o especialista do futuro, tem que que acompanhar esse fator diferenciador de outros, que hoje são tidos como básico-essenciais: conhecimento de línguas (inglês, francês, espanhol), capacidades sociais e de comunicação, iniciativa, proatividade, resiliência, orientação para os resultados, humildade.


Como se pode perceber, os requisitos do futuro para se triunfar no mundo laboral tanto são transversais quanto específicos. Trabalhar este binómio nos últimos anos de formação é o grande desafio das universidades, institutos superiores, mestrados e doutoramentos.
Depois há ainda uma escolha conscienciosa que cada jovem adulto deve fazer: qual o seu perfil psicológico – mandar ou ser mandado? 
Nem toda a gente tem alma de empreendedor, nem todos conseguem “encaixar” diariamente múltiplas ordens de alguém mais jovem, menos graduado academicamente, de outro sexo. 
Enfim, há alguns entraves emocionais e psicológicos que convém cada um conhecer de si, antes de tomar uma decisão profissional. E deve ser acima de tudo uma decisão profissional e racional, porque nestas coisas do trabalho o coração só nos arranja problemas. Além do mais, há muito mais vida para além do trabalho. Afinal, andamos a trabalhar para quê?

GAVB 

domingo, 23 de agosto de 2015

O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE?



Normalmente, isto queria dizer Que profissão gostarias de ter quando fores adulto? Cada um falaria dos seus gostos profissionais, tendo em conta as suas aptidões, o prazer que determinada tarefa lhe suscitaria e… o retorno financeiro dessa profissão. Nas últimas décadas secámos tanto e tão cedo os nossos sonhos que a maioria das respostas seria: “Aquela que me der mais dinheiro e fama!”.
No entanto, a famosa pergunta encerra outra questão, mais subtil, mas que também vale a pena discutir: O meu projeto de vida é a minha profissão?
“O que queres SER…?” tem que ser muito mais que uma profissão, porque somos Pessoa e o trabalho é só um instrumento e não um fim. Todavia, desde crianças somos condicionados a construir uma identidade através do trabalho. De uma maneira sub-reptícia ou declaradamente, procuram engavetar a nossa vida no espartilho de uma profissão, especialmente no caso de termos algumas qualidades profissionais que nos aconselham determinada opção.

O problema é que não estamos preparados para contrariar este paradigma na altura devida, porque, raramente ou só muito tarde, pensamos no que somos e no que queremos de nós, como um todo.
Quando a mecanização da ditadura do trabalho nos desumanizou, quase por completo, de tal maneira que deixou de haver amigos, percebemos, claramente, que não queríamos ser nada daquilo em que nos tornámos.
E então sofremos! Sofremos muitíssimo, porque nos dirão que a escolha foi nossa. E, na verdade, foi… e não foi, porque, neste mundo tão diverso e tão democrático, só havia uma escolha. Desde as primeiras conversas em família às opções escolares.

Ninguém pergunta na escola ou em casa: “Olha lá rapaz, que tipo de pessoa queres tu ser?” Se esta pergunta fosse feita a uma criança ou a um adolescente ou até a um jovem adulto, em 90% dos casos, o interlocutor gaguejaria, surpreendido.  
E há tanto para ser além do tradicional e esperado “Quero ser boa pessoa! Quero ser feliz!”
Quero ser tolerante, decidido, audaz, fraterno, simpático, paciente, trabalhador… E cada um poderia ir construindo a sua personalidade a partir dos seus valores de base. Seria uma escolha sua e consciente, onde a profissão se haveria de enquadrar, mas nunca impor.
Provavelmente evitaríamos interrogações angustiadas do género “Quem sou eu fora do trabalho?”, por volta dos quarenta. Saberíamos que somos o projeto de vida que quisemos ser, que não nos conhecem apenas pela profissão, porque o trabalho que exercemos é só o trabalho que exercemos.
Então as pessoas que cruzarem a nossa vida apreciarão as nossas qualidades profissionais, intelectuais e físicas do mesmo modo que valorizarão as nossas qualidades pessoais. Nessa altura seremos grandes, como estava destinado a ser, e seremos a Pessoa que quisemos ser.
Gabriel Vilas Boas