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segunda-feira, 29 de junho de 2015

JAMES HORNER, O MAGO DAS BANDAS SONORAS


Há precisamente uma semana o mundo do cinema e da música foi abalado pela morte de James Horner. O nome pode não dizer nada à maioria das pessoas, mas se acrescentarmos que estamos perante, provavelmente, o maior criador de bandas sonoras do cinema dos últimos anos, aí o caso muda de figura.

Um estúpido acidente de aeronave tirou a vida a um criador sublime, que deu uma dimensão especial e única a filmes como Titanic, Avatar, Braveheart, Beautiful Mind, Aliens, Field of Dreams. Várias vezes nomeado para óscar de melhor banda sonora, Horner havia de triunfar por duas vezes: em “Titanic”, com aquele fabuloso “My heart will go on” que Céline Dion fez subir ao olimpo e em “Avatar”, onde Horner introduziu doze temas maravilhosos que em muito enriqueceram o filme e o ajudaram a triunfar.
É curioso pensar o quanto a música de Horner contribuiu para o sucesso de Titanic. Parecem feitos um para o outro e não conseguimos imaginar toda a emoção romântica que sentimos ao ver Titanic sem a música de Horner. No entanto, só a persistência de Horner e Will Jennings conseguiram convencer o realizador Cameron a ouvir a versão-demonstração que Céline Dion gravara. Obviamente, Cameron só podia aproveitar aquele diamante único que Horner lhe punha nas mãos, como já fizera noutras ocasiões em que trabalharam juntos.
Horner tinha um dom especial para criar bandas sonoras épicas, glamourosas e sedutoras. Sabiam criar uma música que ia de encontro ao coração do filme, ajudando o espectador a vivê-lo com uma profundidade que, muitas vezes, tocava o sublime.
Acontece frequentemente não darmos o devido valor aos criadores das bandas sonoras dos filmes. Muitas vezes a realização, a interpretação dos atores, a excelência do argumento esmagam aquele material delicado e único que fez o filme melhor e mais completo. Poucas vezes fazemos a justiça devida aos criadores de música tão emocionante e de difícil criação, pois criar algo que encaixe perfeitamente num produto cinematográfico de grande qualidade não é tarefa fácil. Só está ao alcance dos melhores como era o caso de Horner.
Quando voltarmos a deixar cair umas lágrimas ao rever o Titanic ou o Braveheart, era bom que nos lembrássemos que James Horner tem alguma responsabilidade nisso.
 Gabriel Vilas Boas



sábado, 11 de outubro de 2014

BRAVEHEART, O DESAFIO DO GUERREIRO



Tal como a moda, Hollywood funciona em função de tendências. 1995 foi ano de valorizar os atores-realizadores e também por isso Braveheart, o Desafio do Guerreiro, protagonizado foi Mel Gibson, foi o grande triunfador.
Braveheart, o Desafio do Guerreiro, é uma produção de grandes proporções que se traduz em puro espetáculo, cheio de história, emoção e entretenimento.
O filme aborda a história dum guerreiro escocês, William Wallace, e da revolta que este lidera contra o rei inglês Eduardo I.
Com um misto de fúria e patriotismo, impulsionados pela morte da mulher às mãos de soldados ingleses, no dia seguinte ao casamento secreto de ambos, Wallace assume o papel de herói lendário junto do seu povo. No entanto, os chefes escoceses não partilhavam da mesma opinião e trai-lo-ão. Acabará preso, torturado, executado em praça, mas nunca renegará a legitimidade da sua luta.


Neste filme tudo é grandioso, sobretudo as cenas das batalhas. Houve mesmo quem criticasse o excesso de realismo destas cenas, pois é notório o que o sangue corre em abundância e isso impressionou bastante os espectadores mais sensíveis.
A direção de atores foi muito bem conseguida. Mel Gibson conseguiu colocar em campo milhares de figurantes, entre cavaleiros, archeiros, soldados de infantaria, de uma maneira ordenada e bem articulada.
 Gibson filmou mais que uma história, ele filmou o mito! Isso fica muito evidente quando observamos certos diálogos do filme e percebemos o seu carácter moderno. Um exemplo claro disso é o ultimato apresentado aos ingleses:
«As condições da Escócia são as seguintes: que o vosso comandante se apresente à frente do nosso exército, meta a cabeça entre as pernas e beije o seu rabo.»


Hollywood premiou Mel Gibson como realizador e como produtor, mas negou-lhe a glória enquanto ator. Talvez porque a atuação de Nicolas Cage, nesse longínquo 1995, em “Morrer em Las Vegas” tenha sido mesmo assombrosa…
Apesar de falhar o óscar de melhor ator, Gibson conseguiu o mais importante: fazer do seu “Braveheart, o Desafio do Guerreiro” um filme que ficará para sempre na história do cinema.
Se um dia destes voltarem a vê-lo reparem na extraordinária fotografia do filme e no magnífico trabalho que a equipa de maquilhagem fez com os atores. Os grandes filmes são assim: uma descoberta permanente de beleza.
Gabriel Vilas Boas