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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

QUEM ACABOU COM A ESCRAVATURA NO IMPÉRIO PORTUGUÊS?




Oficialmente a escravatura foi abolida em 23 de Fevereiro de 1869 em todo o império português, embora em Portugal continental ela já não fosse permitida desde o alvará do Marquês do Pombal, mais de cem anos antes.
Naqueles cento e oito anos (1761-1869), infelizmente, os escravos continuaram a ser um negócio muito lucrativo e que tanto desdignificou Portugal. 
É já em pleno século XIX, que um homem bom, um verdadeiro herói da nossa história coletiva, empreende uma cruzada pela abolição da escravatura nas colónias portuguesas de África, pois o Brasil tinha-se tornado independente. Esse herói foi Sá da Bandeira. 

Uma das figuras mais marcantes da guerra civil portuguesa entre D. Miguel e D. Pedro e líder da esquerda liberal portuguesa assume o fim total da escravatura como desígnio pessoal. Em finais de 1836, faz publicar um decreto que proíbe a exportação e importação de escravos de e para as colónias portuguesas.
Os indignos portugueses que comerciavam em negros fizeram-lhe uma oposição tenaz, mas Sá da Bandeira não vacilou e usou todo o seu prestígio político para implementar as reformas abolicionistas que tinha em mente. 
Em 1854, o Conselho Ultramarino decretou a libertação de todos os escravos pertencentes ao Estado e dois anos mais tarde foram as Câmaras e as Misericórdias a libertar os seus escravos. Incrivelmente, organizações ligadas à Igreja tinham ao seu dispor os filhos dos escravos. No entanto, Sá da Bandeira só descansou quando a escravatura foi totalmente abolida em território português.


Hoje, quando passeamos pela famosa rua do Porto ou assistimos a uma peça no Teatro Sá da Bandeira, poucos são aqueles que sabem o fundamental papel que este homem teve na abolição da escravatura em Portugal. E até na placa da rua se refere apenas “Militar e Estadista”. Na verdade, ele foi mais do que isso e a cidade do Porto bem como o teatro que tem o seu nome deviam explicá-lo de modo veemente aos milhares de portugueses e estrangeiros que visitam diariamente a cidade portuense.
GAVB