Há muito que o português é uma língua mundial. Em número de falantes só é suplantada pelo inglês, francês e espanhol, o que só por si fala do valor que a língua de Camões, Pessoa, Jorge Amado ou Pepetela têm no planeta.
Desde do 2019, o dia 5 de Maio passou a ser o Dia Mundial da Língua Portuguesa.
O melhor império é o da língua.
Sentir que milhões de pessoas, espalhadas por vários continentes, se sentem em casa quando dizem «Mãe», «Obrigado», «Saudade» devemos encher de orgulho pela nossa História.
Esse orgulho constrói-se em cada dia, pelo prazer de falar bem português, pela vontade de elevar aqueles que cultivam o português como a sua língua, pela defesa da nossa maneira de contar histórias, de abordar a realidade, de definir conceitos.
Há uns tempos, no centro de Madrid, um extraordinário guia turístico contou-me sobre a sua intenção de aprender português. Aprender o encanto das palavras, a sua musicalidade e doçura. Surpreendeu-me num espanhol tal desejo, mas hoje cada vez mais europeus se apaixonam pela nossa língua e até chefes de estado ou de governo fazem questão de se dirigir aos portugueses na nossa língua.
A língua portuguesa é maior património da lusofonia. Precisamos de a tratar melhor. Dentro e fora da CPLP. Precisamos de ter orgulho em falar, de cantar em português, de discursar em português. Devemos fazê-lo sempre que possível e sem vergonha, porque somos uma língua de muitas pátrias e povos, com história, com passado e sobretudo com muito futuro.
Gabriel Vilas Boas
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